A Câmara Municipal de São Luís sediou, na tarde desta sexta-feira (03), o 1° Encontro de Estudantes da Amazônia, com o propósito de debater com a juventude estudantil as medidas necessárias para o desenvolvimento econômico sustentável na região amazônica.
Organizado pelo Circuito Universitário de Cultura e Arte (CUCA) em parceria com a União Nacional dos Estudantes (UNE), o evento que foi realizado na Casa Legislativa, por iniciativa do vereador Raimundo Penha (PDT), contou com participação do Coletivo Nós (PT) e apoio do Governo do Estado do Maranhão e da Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG).
Entidade histórica
Oriundo do movimento estudantil, já tendo presidido a União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES), por exemplo, Raimundo Penha falou sobre o evento que vem ocorrendo na capital maranhense.
“Agradeço o convite para participar deste importante debate para os estudantes. A UNE é uma entidade histórica que continua discutindo melhorias para educação, sobretudo, neste momento de pandemia, no qual o setor foi duramente afetado”, disse.
Mesa dos trabalhos
A abertura oficial na Câmara foi realizada no Plenário Simão Estácio da Silveira pela coordenadora do Circuito Universitário de Cultura e Arte (CUCA) da UNE (União Nacional dos Estudantes), Julia Köpf.
Além disso, a mesa dos trabalhos contou ainda com presença da Paola Soccas, coordenadora do Cuca da UNE; dos co-vereadores Jhonatan Soares e Flávia Almeida, do Coletivo Nós (PT); Tel Guajajara, diretor de Cultura da UNE; Enzo Ferro, coordenador de comunicação do Cuca da Une; Alessandra Santos, coordenadora da Casa Ninja Amazônia; e Clayton Nobre, coordenador do Mídia Ninja.
Com o tema “Estudantes curupiras em defesa do Brasil”, o evento discutiu assuntos relacionados à cultura e ao folclore brasileiro para evocar a juventude à luta para proteger a maior floresta tropical e a maior bacia hidrográfica do Planeta Terra.
“Muita gente não sabe, mas no Maranhão está localizada a parte da Amazônia, que historicamente, foi a primeira a ser ocupada, a Zona Bragantina, que corresponde ao oeste do Estado e ao norte do Pará. E nós estamos aqui para lutar não só pela defesa da nossa cultura, mas principalmente, por nossa Amazônia”, discursou emocionado o jovem Tel Guajajara, estudante de Direito, que ocupa a função de diretor de Cultura da UNE.
“É hora de guarnicê“
Durante a solenidade, o co-vereador Jhonatan Soares, do Coletivo Nós (PT), ocupou a tribuna da Casa para convidar os jovens e estudantes que participavam do
ato para o guarnicê, termo comum nos grupos de bumba-boi, acostumados com grandes públicos, mas que tiveram de se ‘reinventar’.
“Sabemos que temos grandes desafios para preservar tanto a Amazônia quanto a nossa cultura. No entanto, faço um convite a todos, para que possam guarnicê. Sei que é uma palavra que não está no dicionário, mas nos corações maranhenses. É um termo de origem indígena, que remete aos brincantes dos grupos de bumba-boi à preparação para o novo, aquilo que vem”, frisou o parlamentar petista, fazendo questão de agradecer ao colega de plenário Raimundo Penha em propor que o debate fosse levado ao plenário do legislativo municipal.
O encontro, que será encerrado neste sábado, teve início na noite da última quinta-feira (2), com uma programação cultural na Praça Nauro Machado, no Centro Histórico de São Luís.
Agenda de atividades
A programação, que teve início às 20h, contou com apresentações da Banda Kayambá, Cacuriá de Dona Teté e Boi de Maracanã.
Logo após a solenidade na Câmara, o evento terá continuidade na noite desta sexta-feira (3), com as atrações Enme Paixão, DJ Eric Marky Terena, Oficina de Reggae The Dance Lovers, Toada Groove, DJ Franklin e Matheusinho na Voz, a partir das 19h.
No sábado (4), data do encerramento, a partir das 14h, o ato será realizado em forma de Cortejo da Praça Nauro Machado até a Praça Maria Aragão, com apresentações do Circo Tá Na Rua! e Tambor Onças, com encerramento na Feira do Livro de São Luís.
Sobre o evento
O 1º Encontro dos Estudantes da Amazônia, realizado nesta semana na capital maranhense, tem o propósito de debater com a juventude estudantil as medidas necessárias para o desenvolvimento econômico sustentável na região amazônica, bem como refletir sobre os atuais danos causados pela exploração predatória a este bioma.
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