O deputado estadual Carlos Lula (PSB) utilizou suas redes sociais, na terça-feira (16), para condenar a disseminação de informações falsas sobre a vacinação infantil contra a Covid-19. Durante uma entrevista ao vivo em um dos telejornais mais populares do Maranhão, o deputado federal Silvio Antônio (PL) propagou fake news sobre a segurança das vacinas.
No telejornal matutino, Silvio Antônio afirmou que a vacina contra a Covid-19 não possui segurança comprovada. Carlos Lula, que além de ter sido secretário de Saúde durante o auge da pandemia, também foi presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), rebateu essas declarações em seu perfil no Instagram, destacando o rigoroso processo de aprovação das vacinas.
“Isso é completamente falso. As vacinas passam por extensos testes de segurança antes de serem aprovadas. O processo envolve ensaios clínicos rigorosos e revisões realizadas por autoridades regulatórias, como a FDA nos Estados Unidos e a ANVISA no Brasil. Após a aprovação, as vacinas são monitoradas em busca de quaisquer efeitos colaterais adversos e raros. Estudos mostram que as vacinas são seguras e eficazes para crianças. Tanto é verdade que mais de 60 países, além do Brasil, já autorizaram a vacinação infantil contra a Covid-19”, explicou Carlos Lula.
Outra informação falsa disseminada por Silvio Antônio foi de que a vacina contra a Covid-19 não fazia parte do Plano Nacional de Imunização (PNI) e só foi incluída durante o governo do presidente Lula. Carlos Lula lembrou que a vacinação compulsória contra a Covid-19 começou ainda no governo de Jair Bolsonaro.
“A vacinação contra a Covid-19 está no PNI desde 2021. Ela começou em 18 de janeiro de 2021, quando Jair Bolsonaro ainda era presidente, e, desde então, diversos grupos foram sendo incluídos no plano. Agora, em 2024, o Ministério da Saúde tornou a vacina contra a Covid-19 obrigatória”, esclareceu.
Durante os oito minutos de entrevista, Silvio Antônio apelou para o medo, afirmando que os pais que não vacinarem seus filhos sofrerão repressão do Estado, como impedimento na matrícula escolar e denúncias ao Conselho Tutelar. O deputado federal também disse que crianças de seis meses a cinco anos de idade são assintomáticas quando estão com a Covid-19.
“Essa é mais uma mentira absurda. Ninguém deixará de estudar por não estar vacinado. Além disso, dados oficiais mostram que pelo menos uma criança entre seis meses e cinco anos morre de Covid-19 no Brasil, e crianças não vacinadas correm, sim, mais riscos. Entre 2020 e 2021, período mais grave da pandemia, 1.439 crianças nessa faixa etária morreram da doença no país”, alertou Carlos Lula.
O parlamentar estadual enfatizou a importância da vacinação no público infantil. “Os estudos mostram que as vacinas são seguras e eficazes para crianças. Elas ajudam a prevenir casos graves da doença e protegem não só as crianças, mas também aqueles ao seu redor, como avós, tios e professores. A vacinação infantil é fundamental para criarmos uma barreira de proteção na comunidade”, ressaltou Carlos Lula.
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