Um é vereador de Itapecuru Mirim e o outro é ex-prefeito de Água Doce
A expressão ‘o feitiço virou contra o feiticeiro’ é uma forma de definir alguém que tentou fazer o mal a outra pessoa e esse mesmo mal atingiu a si próprio. O ditado popular pode ser usado perfeitamente para definir o entorno do senador Weverton Rocha (PDT).
Diante da operação Ágil Final, deflagrada pela Polícia Federal nessa quinta-feira (03) em São José de Ribamar, que tem como alvo o agiota Josival Cavalcante da Silva – o Pacovan, alguns jornalistas alinhados ao parlamentar pedetista tentam de alguma forma envolver aliados do deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) no episódio.
Os ataques, entretanto, não tem nada a ver com a eleição deste ano e sim com a de 2022. O PL, presidido por Maranhãozinho, já está em campanha para isolar o PDT e lançar frente em busca do comando da FAMEM – Federação dos Municípios do Estado do Maranhão, entidade que hoje é comandada pelo prefeito de Igarapé Grande, Erlanio Xavier (PDT).
A estratégia de ataque estava seguindo de forma perfeita e, mesmo sem nenhuma prova, as denúncias dos aliados de Weverton na imprensa tentavam envolver os deputados Pastor Gyldenemir e Hélio Soares, ambos filiados ao PL, de Maranhãozinho.
O problema é que o pior estava por vir: os envolvidos no esquema que atraiu PF para São José de Ribamar atingiram em cheio mais os aliados do senador que do deputado federal.
A operação teve a finalidade de desarticular associação criminosa que praticava extorsão ao prefeito de São José de Ribamar, Eudes Sampaio (PTB). Para cumprimento às ordens judiciais em São Luís, São José do Ribamar, Itapecuru Mirim e Pindaré-Mirim, cerca de 40 policiais federais foram usados.
Além de Pacovan, foram presos o vereador de Itapecuru Mirim, Abraão Nunes Martins Neto; e o ex-prefeito de Água Doce, Antônio Jose Silva Rocha, ambos filiados ao PDT, que é presidido no Maranhão pelo senador Weverton Rocha. Ou seja, um verdadeiro baque na tentativa de desgastar o principal oponente do pedetista.
No direito penal ou são provas, ou são apenas evidências. As provas são concretas, documentadas. As evidências prescindem de provas: tem-se certeza mesmo sem contar com provas objetivas. Portanto, prova e evidência são coisas diferentes. Enquanto os aliados de Weverton trabalham apenas com evidências visando envolver os aliados de Maranhãozinho, eis que começam a surgir provas que poderão atingir em cheio o telhado do senador.
Foi justamente através dessas provas que a investigação teve início a pedido da Procuradoria da República no Maranhão (PR/MA). Em atuação conjunta com a Procuradoria da República, a Polícia Federal identificou o grupo criminoso que exigia pagamento de parte dos recursos públicos federais destinados ao município, sob o pretexto de ter influído na destinação das verbas.
‘O feitiço não só virou contra o feiticeiro’, mas pode derrubar mais do que um ‘simples telhado’, pois deverá incendiar um plantio de flores podendo atingir, inclusive, até mesmo alguns canteiros de rosas.