O secretário municipal de Saúde de São Luís, Joel Nicolau Nogueira Nunes Júnior – o Dr. Joel (PMN), suspeito de usar a estrutura da pasta e as prerrogativas do cargo para quitar supostas dívidas de campanha com financiadores e cabos eleitorais, acaba de promover uma série de demissões no órgão municipal, colocando diversos pais de família no olho da rua em plena pandemia do coronavírus.
Segundo as denúncias, a maioria dos trabalhadores desligados de seus postos são SP – Serviço Prestado. Todos eles foram informados sobre os cortes nesta semana, alguns somente ao chegarem para trabalhar na última terça-feira (4).
O blog apurou que a prefeitura ludovicense conta com mais de 12 mil serviços prestados, mas dentro do grupo, ainda não sabemos quantos estariam atuando na saúde. A lista dos desligamentos sem justa causa atinge, inclusive, alguns servidores que ocupavam cargos de chefias como Flaviomar Medeiros de Matos, Solange Silva Soares, Guiomery Luzia Feitosa Busaglo Lopes.
Além de agravar o índice de desemprego na capital, as demissões chamam atenção para a redução de trabalhadores nesse período pandêmico onde o órgão de saúde precisa de profissionais para lidar com os casos de contaminação e as metas do plano de vacinação.
Entre as pessoas demitidas estão outros dois trabalhadores que desempenhavam suas funções no Hospital de Urgência e Emergência Dr. Clementino Moura – Socorrão II, conforme documento em anexo.
“De acordo com ordem superior, viemos através deste, comunicar a necessidade de desligamento dos servidores a seguir, lotados nesta unidade (…) Solicito o comparecimento dos referidos neste RH no prazo de 24hrs para devidas providências”, destaca o comunicado datado do dia 04 de maio e que foi assinado pela coordenadora de pessoal da Semus, Solange Silva Soares.
Um grupo de profissionais demitidos deve protestar nos próximos dias, em frente ao Palácio de La Ravardière – sede da prefeitura de São Luís, para chamar a atenção das autoridades quanto às demissões realizadas em meio a pandemia e diversas suspeitas de irregularidades que estariam ocorrendo no órgão responsável em prestar assistência primária à população por meio da prestação de socorros médicos de urgência e emergência.
“Eu nunca imaginei que pudesse me decepcionar tão cedo com uma gestão que sequer começou. Como se não bastasse as suspeitas de irregularidades que respingam no secretário, agora ele tira o pão da mesa de quem realmente trabalhava e necessitava”, desabafou um ex-funcionário cuja identidade, por razão de segurança, não iremos revelar.
Essa massa que está sendo demitida deve ser aquelas que foram contratadas em regime emergencial no ano passado e parte dessa gente foi colocada no Socorrão 2, caso isto esteja ocorrendo não é nenhuma surpresa para estes profissionais. O que a gestão de Braide deveria fazer é um concurso público para regularizar a situação de muitos profissionais da saúde que trabalham com um tipo de contrato capenga feito alguns anos atrás.