O período de carência acabou e daqui pra frente o analista judiciário, Carlos Figueiredo, pré-candidato à Prefeitura de São João Batista, vai partir para uma cobrança mais agressiva de resultados do governo do prefeito Amarildo Pinheiro Costa (PP). O anúncio de que Figueiredo irá adotar uma postura mais incoerente ao governo que ajudou a eleger, exercendo, inclusive, o cargo de secretário de Saúde, não veio de forma clara, mas através de indiretas e intimidações em postagens de blogs que levam a sua digital.
Tido até então como ‘aliado’ de Amarildo, Carlos Figueiredo deixou a Secretaria de Saúde da gestão pepista para tentar viabilizar seu nome, visando às eleições de 2016. Tudo foi combinado como parte de uma reforma onde todos os pré-candidatos a cargos eletivos seriam afastados para que se viabilizassem sem a utilização da máquina pública. O blog apurou, consultando fontes joaninas, que isto não foi feito na calada da noite ou às escondidas, mas foi feito de maneira pública e em comum acordo entre os postulantes.
O problema é que alguns não conseguiram se viabilizar como pré-candidatos e agora tentam retornar aos cargos de olho justamente nos recursos públicos das pastas. Afinal, seria mais fácil usar o cargo para fazer campanha com o dinheiro público. E cabe ressaltar que não estou dizendo que este é o caso do analista judiciário Carlos Figueiredo. Não! Ele não! Como um profundo conhecedor da área jurídica, Figueiredo sabe dos riscos que se tem de se usar o cargo público para se viabilizar como candidato. Tenho a certeza que ele jamais faria isso!
O que se critica aqui é justamente a postura de “incoerência política” adotada pelo ex-secretário de saúde do município joanino. Como não conseguiu lograr êxito em seu projeto político, Carlos Figueiredo passou a afirmar, nas entrelinhas dos posts dos blogs, que deixou o cargo por falta de autonomia. Ora, mas o que se comenta nos quatro cantos de São João Batista, é justamente o contrário: ele recebeu uma Secretaria de porteira fechada, contratou no período em que esteve a frente da Pasta, centenas de pessoas, contratou médicos e auxiliares, criou um passivo impagável para a saúde, segundo informações obtidas pelo Blog do Udes Filho. Qual seria então a falta de autonomia a que se refere?
Em relação à crise pela qual passa o município, Figueiredo sabe bem as dificuldades que se tem para fechar a folha de uma Secretaria como a da Saúde, por exemplo. Qualquer cidadão leigo sabe que o Brasil enfrenta uma crise que assola todas as administrações municipais do país. São recorrentes contingenciamentos de verbas, reduções drásticas no FPM, além de uma série de cortes e entraves que, só quem comanda, ou já comandou como é o caso de Figueiredo, um órgão da administração municipal sabe de que se trata, pois, é parte indissociável da liturgia do cargo.
Portanto, afirmar que a gestão não esta boa, não seria nenhum demérito, considerando-se a situação atual do país, mas soube e, inclusive, já me informei disso, que o prefeito Amarildo está trabalhando muito, trabalhando firme para recuperar e retomar o crescimento. Como parte desse processo de soerguimento, por exemplo, está realizando uma reforma administrativa, sobretudo nas pastas onde os resultados foram improdutivos e negativos.
E só para encerrar esse debate sobre falta de autonomia e crise. O povo de São João Batista define hoje Carlos Figueiredo de duas formas, o pré-governo e o pós-governo. Entre o que ele era e dizia e o que ele é hoje e diz. Mas sua repentina mudança tem um motivo: o poder.