As eleições para conselheiros tutelares foram marcadas por confusão e desorganização em São Luís (MA), nesse domingo (4). Eleitores reclamaram da dificuldade de encontrar os locais de votação.

O recepcionista Edilson Frazão passou por pelo menos três escolas e não encontrou seu local de votação. “Ninguém consegue falar onde está, e a gente vai para cá, para lá”, relata. “O TRE não conseguiu se organizar para ter uma eleição tranquila”, disse a conselheira tutelar Maria Patrícia dos Santos.

A promotora substituta da capital maranhense, Emanoela Sousa de Barros Belo, explicou que devido a uma reorganização, algumas seções não foram colocadas. “Realmente, nós identificamos que as seções não estão em nenhuma das escolas”, explica.

Sobre a possibilidade de cancelamento do pleito, a promotora disse que isso será analisado posteriormente. Na manhã desta segunda-feira (5) o pedido do Ministério Público do Maranhão(MP-MA) de anulação dos votos das regiões da Zona Rural – onde houve tumulto – e do Centro da capital – onde candidatos tiveram a grafia incorreta nas cédulas de votação – foi acatada. A apuração ainda não foi concluída.

Ainda nesse domingo, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Luís (CMDCA) havia informado, por meio de nota, as eleições ocorriam ‘normalmente’.

Sobre a utilização das cédulas manuais de votação, o CMDCA esclareceu que urnas eletrônicas não foram cedidas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA). “O apoio do TRE se deu na disponibilização das listas com os nomes dos eleitores e seções”, diz trecho da nota.

“O Conselho esclarece ainda que trabalha para corrigir os possíveis equívocos que ocorram durante a escolha unificada. Por fim, o CMDCA tem se empenhado para garantir a lisura e transparência do processo, que respeite a vontade da população da cidade”, finaliza.