SÃO LUÍS – O vereador Fábio Câmara (PMDB) afirmou, na manhã desta quarta-feira (7), durante audiência pública para tratar sobre a prestação de contas da Secretaria Municipal de Saúde referente ao 2º quadrimestre de 2015, que a falta de equipes do Programa Saúde da Família compromete ações de saúde preventiva em São Luís.
Ao abordar o assunto, Fábio Câmara apresentou dados do DAB (Departamento de Atenção Básica) do Ministério da Saúde, mostrando que apenas 36% da população ludovicense é atendida pelo PSF (Programa Saúde da Família), do governo federal. Segundo o parlamentar, isso significa que, de um total de 1,039 milhão de pessoas, somente cerca de 379 mil são beneficiadas pelo programa.
— Como podemos dizer que existe melhorias na saúde se apenas 36% da população é atendida pelo PSF (Programa Saúde da Família), do governo federal? Os dados do DAB (Departamento de Atenção Básica) do Ministério da Saúde não metem! Isso significa que, de um total de aproximadamente 1,036 milhão de pessoas, somente cerca de 379 mil são beneficiadas pelo programa — revelou o peemedebista.
Fábio Câmara afirmou ainda que São Luís tem a menor cobertura populacional em Saúde da Família do País. De acordo com o vereador, receber a visita de equipes do programa significa ter acesso a diagnósticos e tratamentos de forma preventiva. No entanto, segundo o parlamentar, sem o pleno funcionamento do programa fica impossível falar em melhorias na saúde.
— O programa [PSF] que prevê o fortalecimento da atenção primária à saúde por meio da inserção de profissionais na comunidade, incentivando o acesso aos serviços da rede pública e a prevenção de doenças, por exemplo, não está funcionando em sua plenitude. Ora, se o PSF não funciona, o pé diabético vai necrosar, justamente pela falta do profissional que atua na saúde preventiva. Não existe mágica, saúde se faz com médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem — declarou.
CCZ SEM SEDE
Durante pronunciamento, o líder do PMDB na Câmara também cobrou explicação para situação que vive o Centro de Controle Zoonoses (CCZ) da capital. O órgão responsável pelo controle e recolhimento de animais infectados das ruas, foi implantado em um prédio da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) há quase 30 anos e deixou de possuir sede fixa, depois que a Uema solicitou que a Prefeitura instalasse o Centro em outro local, pois a instituição de ensino iria precisar do espaço.
— O imóvel onde estava instalado o Centro de Controle Zoonoses foi fechado pela Prefeitura para reforma e ampliação desde o mês de abril. No entanto, a Uema solicitou que o centro fosse instalado em outro local, pois a instituição precisaria do espaço. A solicitação paralisou as obras, aumentando o risco de proliferação do Calazar, uma vez que o controle e recolhimento de animais pararam de acontecer. O que será feito com os recursos destinados para controle zoonoses na capital? E, como a Prefeitura pretende combater o Calazar? Existe outro local para instalação do Centro? — questionou o parlamentar.