O prefeito de Santa Rita, Hilton Gonçalo, anunciou na tarde desta quinta-feira (17), que retomará as tratativas com o Governo da Rússia para aquisição da vacina Sputnik V, assim como também discutirá com o Instituto Butantã a viabilidade da compra de vacinas dos laboratório da Pfizer, porém a prioridade é pelo imunizante russo. O anúncio do gestor municipal foi feito, após o STF decidir que estados e municípios podem adquirir as doses de vacinas contra covid-19 diretamente com as farmacêuticas em caso do descumprimento do plano nacional de imunização.
As tratativas para aquisição da vacina russa tinham sido iniciadas desde o mês de setembro, quando a Secretaria Municipal de Saúde de Santa Rita encaminhou uma solicitação a Embaixada da Rússia no Brasil, para que o município participasse da fase de testes da vacina. Naquela oportunidade, o governo russo respondeu que dependia de uma autorização do Governo Federal brasileiro.
Agora com a decisão do STF, que libera a negociação diretamente com as farmacêuticas, a Prefeitura de Santa Rita vai voltar a dialogar para adquirir o imunizante contra covid-19. Essa vacina já está sendo aplicada na Rússia e apresentou uma eficácia de 91,4%, sem nenhum registro de efeitos colaterais graves nos imunizados.
De acordo com Hilton Gonçalo a preferência pela Sputnik V se deve pelo seguinte fato: “A vacina da Rússia, utiliza o método de de vírus inativado em humanos, já a da Pfizer ela utiliza o método do vírus inativado em animais, portanto nossa prioridade é por um imunizante mais seguro”, esclareceu. O prefeito de Santa Rita é formado em medicina e tem longa atuação na saúde pública do estado, sendo conhecedor de infectologias.
O Governo da Rússia enviará no próximo dia 23 de dezembro, as primeiras doses de vacinas para a Argentina, onde 300 mil pessoas serão imunizadas nessa primeira fase. O prefeito Hilton Gonçalo tentará também comprar o mais rápido possível o imunizante.
De acordo com a orientação do Governo Federal, os primeiros a ser imunizados serão os profissionais da saúde, maiores de 75 anos, maiores de 60 anos residentes em casas de abrigo e adequando a realidade de Santa Rita, os quilombolas serão incluídos no primeiro grupo, pois não há presença de reservas indígenas no município.