A criação de partidos para abrigar políticos desalinhados com sua sigla se tornou constante no País após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinar punições, como a perda de mandato, para quem optasse por mudar de legenda durante o mandato. De acordo com a Justiça Eleitoral, 41 novas siglas estão em processo de formação no Brasil.

Até ontem, segundo o TSE, duas legendas, o Partido da Mulher Brasileira (PMB) e o Partido Novo (Novo), estavam à espera de julgamento na Justiça Eleitoral para se somar aos 32 partidos existentes. Além deles, estão em processo de recolhimento de assinaturas partidos como Rede Sustentabilidade (Rede), Partido Liberal Brasileiro (PLB), Partido Carismático Social (PCS), o Movimento em Defesa do Consumidor (MDC) e a Aliança Renovadora Nacional (Nova Arena), dentre outros.

Para o cientista político Valmir Lopes, os políticos criaram uma brecha para burlar as regras que vão de encontro aos interesses parlamentares. “Os partidos existentes estão se tornando velhos. A política brasileira nunca foi partidária. Nossa cultura não acredita em organizações partidárias. Estamos tornando mais claro o artificialismo dos partidos”, pontua Lopes.