As operações de carga e passageiros da Estrada de Ferro Carajás (EFC) foram interrompidas na manhã desta quarta-feira (19) após uma invasão no Km 240 da ferrovia, promovida por moradores do município de Tufilândia (MA), que reivindicam empregos. Eles atearam fogo no trecho da EFC, em um ônibus de empresa terceirizada e um carro – colocado na linha do trem e incendiado – da mineradora Vale, que administra a ferrovia. Além disso, empregados e terceirizados da Vale foram vítimas de apedrejamento pelos invasores.
Em nota, a Vale infomou que ‘ingressou com ação de reintegração de posse do trecho ocupado, e já está adotando as medidas criminais cabíveis para apuração dos autores da destruição de patrimônio público e privado, perigo de desastre ferroviário, inclusive daqueles que incitaram o vandalismo e a sabotagem dos trilhos’.
‘Impedir ou perturbar serviço da operação ferroviária, destruindo e danificando bens, colocando obstáculos na linha e praticando ato que possa resultar em desastre ferroviário, é crime previsto no Código Penal Brasileiro e afronta o Estado Democrático de Direito baseado no respeito as leis’, ressalta a mineradora.
‘A Vale esclarece que a valorização e a contratação de mão de obra local é um compromisso em todas as suas operações. Entre dezembro de 2014 e fevereiro de 2015 a Vale capacitou 345 profissionais de 8 cidades maranhenses, entre elas Tufilândia, município que teve a participação de 50 profissionais formados em turmas como carpinteiro, armador, pedreiro, oficial de via permanente, operador basculante e soldador. Neste ano, só de Tufilândia foram contratados 110 profissionais para trabalhar em empresas que atuam na expansão da ferrovia’, diz outro trecho da nota enviada à redação.