Inconformados e indignados, dezenas de condutores multados por meio dos radares instalados pela Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) lotaram, ontem, o setor de atendimento do órgão, no Ipase, em São Luís, para recorrer das penalidades aplicadas, que segundo eles são arbitrárias.
O estudante Alexandre Yuri Azevedo Nascimento, de 20 anos, estava na sede da SMTT para recorrer a uma multa de R$ 54 que foi aplicada no dia 20 de janeiro por, segundo constatação dos pardais, trafegar em faixa exclusiva para ônibus. “Fui dobrar à direita em uma avenida no bairro do São Francisco e foi inevitável passar pela faixa exclusiva. Cheguei aqui às 14h30 e já quase 18h e ainda não fui atendido, mas só vou embora quando resolver”, relatou indignado Nascimento.
“Tomei quatro multas, entre elas uma por excesso de velocidade no montante de R$ 86. Como vou pagar por tantas multas? Situação complicada! Estou aqui desde 14h e estou saindo às 18h, mas resolvi”, desabafou Victor Levi, de 29 anos.
O setor de atendimento da SMTT estava funcionando apenas com dois atendentes e, devido a isso, quem tentava resolver pendências tinha que ter paciência para aguardar sua vez. “Ninguém sabe o destino dessa fila. Vim resolver uma documentação do meu táxi e enfrentei muito transtorno”, disse o taxista Júnior Pires Soares, de 36 anos, que chegou na SMTT às 13h e só foi atendido às 17h30.
Indignada, Patrícia Barbosa publicou em sua rede social sobre a multa que receber por meio dos pardais entre a Rua Patativas e a Avenida Colares Moreira, no São Francisco. “Compartilho com os meus amigos a indignação de ter recebido uma multa sem ter cometido. Sou uma motorista consciente. Fui multada por um radar, que vou chamar radar “pegadinha”, ironizou.
Saiba mais:
A fiscalização do trânsito de São Luís, por meio de radares, começou a funcionar efetivamente dia 10 de novembro de 2017. Ao total são 32 equipamentos espalhados pelas principais ruas e avenidas da capital maranhense visando multar os motoristas infratores.