Vereadores Capitão Lucas e Vilmar trocam farpas na tribuna – Foto: Reprodução

A morte do idoso José Maria Santos Bandeira, de 60 anos, que faleceu durante a madrugada do último dia 27 de março, após viajar de Bacabeira até São Luís em busca de um leito de UTI, entrou na ordem do dia da sessão na Câmara de Bacabeira nessa quinta-feira (08/04) e acabou gerando troca de farpas entre os vereadores Capitão Lucas (PSL) e Vilmar Fernando (DEM).

O debate foi iniciado por Vilmar, ao tentar responsabilizar o município bacabeirense pela morte do ancião em decorrência de uma parada cardiorrespiratória, causada pela Covid-19. O líder do DEM na Casa chegou a dizer que o paciente foi transferido sem nenhum encaminhamento médico.

“Como é que os hospitais de São Luís iriam receber um paciente sem um encaminhamento médico? Isso é lamentável e vergonhoso”, disse Vilmar.

Capitão Lucas se solidarizou com familiares da vítima, no entanto, rebateu o discurso do colega com um elegante e esclarecedor contraponto. O líder do PSL afirmou que o colega deveria saber as responsabilidades de cada ente federado em relação à saúde. “O município trabalha com atenção primária e média complexidade. Quem tem responsabilidade sobre alta complexidade é o Estado”, rebateu.

 

MAIS UM EMBATE ENTRE OS DOIS

Constrangido e envergonhado com as explicações, Vilmar voltou a ocupar a tribuna, mas desta vez, reportou seu discurso direcionado ao colega de plenário. Houve uma troca de ‘faíscas’ e o parlamentar democrata afirmou que não aceitava dúvidas quanto a sua idoneidade moral.

“Quando eu trouxe um fato aqui e ele veio no grande expediente [fazer as explicações] no meu entendimento, ele falou, mas quis jogar à minha pessoa, nascido e criado aqui, como uma pessoa duvidosa”, declarou expondo um semblante irritado.

Na tréplica, Capitão Lucas voltou a contrapor o parlamentar oposicionista na tribuna, afirmando que ele não é reserva moral, relembrou um caso passado abordado pelo colega contra sua pessoa naquela Casa e esclareceu a polêmica sobre os políticos que se consideram ‘filhos’ do município e acham que podem mandar no lugar.

“Eu quero dizer para vossa excelência que não sou filho do lugar, mas estou há 17 anos [contribuindo com o crescimento da cidade]. Agora, parabéns por vossa excelência ser filho do lugar, mas não conheço um único projeto [ou ação] importante de vossa excelência nesse período (…). Quero dizer que o senhor não é tão sincero assim como fala. vossa excelência nessa tribuna pôs dúvida à minha reputação, quando disse que tinha dúvidas e achava que nem Capitão seria? Vossa excelência lembra? Então vossa excelência não é essa pessoa que não gosta de caluniar”, concluiu.

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