O vereador Astro de Ogum(PCdoB), vice-presidente da Câmara Municipal de São Luís, recebeu com muita tranquilidade a onda de ataques que vem sofrendo nos últimos dias. O parlamentar relembrou o episódio ocorrido em setembro do ano passado, quando no curso de uma investigação da Polícia Civil do Maranhão, culminou com a condução dele à delegacia por posse de arma, no cumprimento de dois mandados de prisão e, ainda, três mandados de busca e apreensão, inclusive, na própria residência do edil, no bairro Olho d’Água.
“Com quase 20 anos na vida pública, já vi e vivi muita coisa. Essa onda de ataque a políticos em ano eleitoral – tem sido uma prática contumaz. A investigação existe, é pública e está em curso. Como político, não posso achar que estou acima do bem e do mal, muito menos que não estou passivo a tal infortúnio”, disse o vereador.
Ele lembrou que tem uma história sem manchas e voltada plenamente às periferias da cidade. Afirmou, ainda, acreditar que os ataques fazem parte de um plano diabólico para alcançar o patrimônio político, que incomoda aqueles que não dispõem do mesmo que ele construiu ao longo de duas décadas. “A minha força é fruto de muito trabalho e dedicação aos menos favorecidos, bem como às causas sociais, mas se isso incomoda os meus adversários, tenho uma sugestão: trabalhem pelo próximo que terão o reconhecimento e o respeito que tenho”, finalizou.
O QUE PENSA A DEFESA
Para a defesa, causou estranheza o teor das informações publicadas, já que o episódio ocorreu em setembro de 2019, ou seja, há noves meses, e o que foi divulgado não coaduna com o que está no bojo da investigação, que em nenhum momento trata de crimes de estupro ou pedofilia. A liberdade de imprensa é algo salutar e de extrema importância na contemporaneidade, porém, precisa funcionar tendo como escopo o cumprimento do seu papel primordial: o de informar.
“Certamente, não podemos admitir as cogitações divulgadas de forma cotidiana pelos cidadãos que usam as redes sociais como escudo para veicular todos os tipos de manifestações, mesmo aqueles desprovidos do mínimo de conhecimento livresco e/ou jurídico. Esses indivíduos não se preocupam com a extensão tomada pela reverberação de suas falas sob o argumento da “liberdade de expressão”, mas as ditas opiniões atingem, de forma indiscriminada e livre de comprovação, o direito à honra de outras pessoas, devendo as reparações serem avultadas no momento oportuno. O processo está tramitando e, sem sombra de dúvida, a justiça prevalecerá”, finalizou o advogado Brenno Gomes Pereira.