Este ano apenas uma vaga no Senado vai estar em disputa no Maranhão, a que é ocupada por Roberto Rocha (Sem partido). Veterano da política maranhense, o parlamentar está no primeiro mandato como senador, mas ocupa cargos eletivos sem cessar, desde 1991, quando tomou posse como deputado estadual.
De 1995 até 2011 foi deputado federal. Em 2012, foi eleito como vice-prefeito de São Luís na chapa de Edivaldo Júnior. Em 2014, foi eleito senador, para um mandato que tomou posse 1º de fevereiro de 2015 e acaba no dia 31 de janeiro de 2023. Ele pode, no entanto, tentar a reeleição, para ficar lá mais oito anos.
Se for essa sua intenção na eleição deste ano, ele vai encontrar algumas pedras pelo caminho. Além da falta de partido e de grupo, Rocha terá como principal concorrente o atual governador Flávio Dino (PSB), que deve se desincompatibilizar do cargo para disputar o Senado.
Em 2018, outros veteranos foram derrotados. Naquele ano, duas cadeiras no Senado estavam em disputa: as de Edson Lobão (MDB) e João Alberto (MDB). Dos dois, só o primeiro tentou a reeleição. A segunda vaga foi disputada por Sarney Filho (PV), que aos 21 anos, em 1978, elegeu-se deputado estadual e, ao fim de seu mandato, em 1982, foi eleito deputado federal, cargo que ocupou até 2019, seu nono mandato seguido.
No pleito de 2018, Lobão e João Alberto, acabaram sendo substituídos, por escolha do eleitor, por Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (Cidadania). A onda de renovação, ao menos em relação aos senadores, bateu forte na reta final daquele pleito. Se tal onda se repetir, pior para Roberto Rocha.
Outro fator que pode interferir nos planos de Rocha é a falta de um grupo que lhe dê condições viáveis na renovação do mandato ao Senado. Hoje, na atual conjuntura, ele é líder de si mesmo, mas espera contar com o apoio do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PODE), que teria compromisso político neste sentido.
Roberto enfrenta, desde já, descaminhos até mesmo para viabilizar um partido que lhe dê legenda para a disputa. Desde a chegada do vice-governador Carlos Brandão ao comando do PSDB, o senador ficou à deriva sem encontrar um novo ninho visando a disputa vindoura. Além disso, a vaga de candidato, ou candidata ao Senado é uma das posições em uma chapa majoritária – formada por candidatos a governador, vice e senador -, a ser negociada com partidos aliados.
O senador, entretanto, não está parado. Conseguiu a presidência da Comissão Mista da Reforma Tributária, colegiado responsável para definir mudanças constitucionais sobre a cobrança de tributos no país. Além disso, uma das marcas do parlamentar é ser ‘municipalista’, ou seja, atuar para destravar pleitos de prefeitos maranhenses em Brasília, o que segue fazendo.
Ele é considerado um dos principais apoiadores do presidente da República Jair Bolsonaro (PL). No entanto, em 2020, pediu investigação sobre um suposto ‘orçamento secreto’ do governo Bolsonaro, estremecendo sua relação com o Planalto. Na época, o requerimento chegou a contar com o apoio de outros 13 senadores, mas para ser criada, uma CPI necessita da assinatura de no mínimo um terço do Senado, que totaliza 27 senadores dos 81 que compõe a Casa.
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