Uma pesquisa do Instituto Prever divulgada em São Luís nessa sexta-feira, 17, trouxe números e fatos que foram questionados nas redes sociais. A sondagem publicada em apenas um blog aponta vitória de Thiago Diaz na eleição da OAB com mais de 40%.
O primeiro dos fatos estranhos diz respeito à origem da pesquisa. A matéria ‘informativa’ não faz menção ao contratante do levantamento. Afinal, quem teria interesse na divulgação dos números?
Há outro fato estranho e curioso na pesquisa ‘sem contratante’ de intenção de votos para o comando da Seccional maranhense da OAB: não há qualquer registro sobre os índices de rejeição de nenhum dos candidatos. Trago à tona esse tema por entender que é fundamental esse detalhe, seja aqui ou em qualquer parte do mundo, para uma análise realista do quadro.
Há modos e modos de se divulgar os resultados de uma pesquisa. Cada um escolhe o que mais lhe convém. Como nas decisões judiciais, convencionou-se dizer que critérios editoriais não se discutem, em nome do direito sagrado da liberdade de imprensa.
Tudo bem, mas também não é preciso exagerar nem achar que ninguém vai perceber a manipulação. É por essas e outras que algumas pessoas comparam pesquisa a um biquíni: mostra o principal, mas esconde o essencial. Será se Thiago acha que pode ser reeleito escondendo sua enorme rejeição? Se fosse assim, Edson Lobão tinha sido reeleito senador, Fernando Haddad seria hoje o presidente eleito e Roseana estaria no seu novo mandato de governadora.
O que quero dizer com isso? É que às vezes a rejeição é tão consolidada que impede qualquer crescimento do candidato. Por tanto, por enquanto, por falta desse dado, é prematuro qualquer análise favorável ou desfavorável para qualquer candidato à Presidência da OAB-MA.