Cinco funcionários que trabalhavam no Instituto de Desenvolvimento e Apoio ao Cidadão (IDAC), foram à sede da Polícia Federal em São Luís, para contar aos investigadores como funcionava a rotina de trabalho na instituição. Eles estão presos desde o início do mês por suspeita de desviar parte dos recursos que seriam utilizados em hospitais públicos do Maranhão. O IDAC é uma organização social responsável por gerenciar esses recursos públicos para os hospitais.
Na operação deflagrada no dia 2 de junho, a PF constatou que parte do dinheiro não estava sendo aplicada em hospitais. Com isso, funcionários que trabalhavam no IDAC começaram a ser investigadas e suas transações financeiras passaram a ser monitoradas. A ação durou cerca de 70 dias e comprovou que parte dos valores sacados por um funcionário era entregue ao presidente do instituto e alguns diretos.
Em imagens gravadas pela Polícia Federal, mostram que os funcionários do instituto chegavam a sacar entre R$ 400 e R$ 600 mil, dinheiro este que deveria ser aplicado em recursos da saúde no Maranhão. Em 28 de março, os funcionários do IDAC estiveram em uma agência bancária no bairro Jaracati, em São Luís, e sacaram uma quantia tão alta que chegaram a esconder as notas dentro de suas calças.
Imagens feitas três semanas antes mostram um dos operadores do esquema recebendo o dinheiro da boca do caixa e colocando tudo dentro de uma mochila. Segundo Alexandre Saraiva, superintendente da Polícia Federal, o dinheiro desviado poderia ter salvado a vida de vários pacientes. “Pessoas que poderiam ter sido tratadas, pessoas que poderiam ter sobrevivido estão morrendo antes do tempo. Porque esse dinheiro está indo para o bolso de corruptos”, disse.