A Polícia Federal (PF) prendeu nove pessoas em São Luís na manhã desta terça-feira (12) nos desdobramentos da Operação “Lilliput”, que apura supostos crimes de corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema, além de crimes contra a ordem tributária.

Foram cumpridos 42 mandados judiciais, sendo nove mandados de prisão temporária, 11 mandados de condução coercitiva e 27 mandados de busca e apreensão. A operação foi realizada pela Polícia Federal em parceria com o Ministério Público Federal (MPF) e a Receita Federal.

Entre os presos está Antônio Barbosa de Alencar, dono do grupo Dimensão, que opera na área de construção civil. Também foram presos Antônio Alves Neto, Osmir Torres Neto, Arivaldo Silva Braga, Alan Fialho Gandra, Alan Fialho Gandra Filho, Maria das Graças Coelho Almeida, José Roosevelt Pereira Bastos Filho e Dário Jacob Bezerra. De acordo com as investigações, o grupo criminoso fraudava documentos e burlava a fiscalização para beneficiar empresas do Grupo Dimensão.


Foram conduzidos coercitivamente Valdemar Lima de Morais, Antônio de Jesus Oliveira Santana, Alberto Lauteres Romeiro, Jorge Luiz da Cruz Silva, Wilton de Sousa Costa, José de Ribamar Lima Assunção, Wilson de Barros Bello Filho, Lourenço Borges Ferreira, Maria das Graças Lima Figueiredo, Henrique Vieira e Luiz Carlos Nunes Martins.

A Justiça Federal também determinou o bloqueio no valor de até R$ 3 milhões nas contas do Antônio Barbosa de Alencar e de até R$ 50 mil em nome da servidora pública Maria das Graças Coelho Almeida.

O grupo realizava várias atividades ilícitas, entre elas, a fraude de alvarás para facilitar o início de novas obras por parte das empresas construtoras. A Polícia Federal também utilizou durante investigação imagens de câmeras de segurança de agências bancárias que mostravam os agentes públicos envolvidos na rede de corrupção realizando saques que ultrapassavam o valor de R$ 100 mil, que, segundo a PF, seria utilizado para pagamento de propina.

A Polícia Federal investiga, ainda, a possibilidade de o grupo estar trabalhando em parceria com outra organização criminosa.

Investigação
De acordo com as investigações, o esquema se iniciou quando auditores fiscais detectaram irregularidades em obras do Grupo Dimensão. Ao notificarem a situação ao proprietário da empresa, ele teria ofertado vantagem econômica aos auditores para que retardassem os processos de fiscalização.

Foi constatado após investigações que houve retardo nos processos de fiscalização da empresa. Além de sonegar impostos, esquema também contava com fraudes de alvarás para iniciar novas obras.