A Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC) e a Delegacia Fazendária (Defaz) prenderam, em São Luís, quatro suspeitos de cometerem crimes usando o WhatsApp no Maranhão. Eles usavam o aplicativo para pedir dinheiro emprestado para os contatos das vítimas.
Segundo o superintendente da SEIC, Thiago Bardal, as investigações começaram quando as vítimas passaram a relatar que suas contas de WhatsApp haviam sido clonadas. Os bandidos contavam com a ajuda de Wanderson Sousa Soeiro, que trabalhava em uma empresa de telefonia móvel.
A quadrilha ligava para o Wanderson e dava um número de telefone com o CPF da vítima e ele fazia o resgate do número. Ou seja, o funcionário cancelava o número e habilitava novamente agora no telefone da quadrilha. Nessa nova habilitação, a quadrilha tinha acesso à agenda da vítima. Com isso passavam a mandar mensagem aos amigos e parentes que estavam na agenda.
“Por conta disso, algumas pessoas iam pensando que era seu amigo, que era seu parente que estava precisando e faziam o depósito em contas de laranjas. Após o depósito eles [criminosos] realizam os saques”, explicou Bardal.
Por meio do aplicativo, os bandidos pediam quantias entre R$ 100 e R$ 200 para não chamar a atenção. Depois de efetuarem o depósito, as pessoas ligavam para o celular das vítimas para comunicar e percebiam que se tratava de um golpe.
Até o momento, além de Wanderson, foram presos Robert Wagner Silva Serra, Paulo Heitor Campos Pinheiro e Randerson dos Santos Castro. Os quatro foram presos em flagrante, passaram pela audiência de custódia com o juiz e tiveram suas prisões convertidas em preventiva.
O grupo foi autuado por associação criminosa, porte ilegal de armas e estelionato. A polícia não descarta que outras pessoas que trabalham em telefonias móveis envolvidas nesse tipo de golpe no Maranhão.