A sensação de enfrentar temperaturas cada vez mais altas não é só impressão. Um projeto desenvolvido no Maranhão e em outros cinco estados brasileiros quer ajudar a combater os efeitos do calor, que podem ser muito graves, e causar acidentes, desastres naturais, doenças, mortes e afetam diretamente a vida das populações.

A meteorologia tem registrado diariamente recorde de temperatura. “Desde 2003 a gente percebe os dias mais quentes e a predominância de anos mais secos”, explicou o meteorologista da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), Márcio Eloi.

A constatação é de pesquisadores da Fundação Osvaldo Cruz, que, no Maranhão, desenvolvem um projeto para analisar a vulnerabilidade das populações de cada município às mudanças do clima. Em uma reunião com técnicos, cientistas e gestores das áreas de saúde e meio ambiente, a coordenação do projeto apresentou uma proposta e solicitou os dados regionais.

“A gente está querendo desenvolver um índice de vulnerabilidade da população frente às mudanças do clima, os impactos que essas mudanças trazem para a população”, disse a pesquisadora da Fiocruz, Diana Marinho.

André Santos é especialista em geoprocessamento e aponta as principais consequências das mudanças climáticas no Maranhão. No litoral, a erosão costeira, provocada pelo aumento do nível do mar, e, no continente, o aumento de temperatura que, associada a períodos de chuva mais intensos, pode causar vários problemas.

De acordo com a Fiocruz, o projeto desenvolvido em outros cinco estados, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, deve ser um aliado do poder públic