A Câmara dos Deputados prossegue com a apreciação da reforma política e deve votar a aprovação ou não de novo sistema para eleição de candidatos, o chamado “distritão”, onde se elegem os mais votados já para o pleito de 2018. Caso este sistema já tivesse implantado em eleições anteriores, por exemplo, alguns dos políticos com mandatos estariam fora dos cargos. Eles foram eleitos por conta do sistema proporcional, que permite que partidos se coliguem entre si na disputa nas urnas, cujo resultado é apresentado com base no quociente eleitoral.
Bispo Paulo (PRB), com 7.237 votos; Sebastião Albuquerque (PRP), com 5.501 votos; Paulo Victor (PROS), com 4.562 votos; e Armando Costa (PSDC), com 4.302 votos seriam eleitos para a Câmara Municipal de São Luís no sistema “distritão”, onde se elege os mais votados, enquanto Edson Gaguinho (PHS), com 4.028 votos; Genival Alves (PRTB), com 3.030 votos; Cezar Bombeiro (PSD), com 2.248 votos; e Silvino Abreu (PRTB), com 2.233 votos, estariam fora do processo, pois foram eleitos em virtude das coligações.
O formato de quociente eleitoral, ainda vigente, fez surgir um caso até hoje emblemático na Câmara de São Luís, quando, na eleição de 2016, o ex-vereador Bispo Paulo, então candidato pelo PRB, conquistou mais de 7 mil votos nas urnas, sendo o oitavo mais votada no pleito, mas ficou de foram do Palácio Pedro Neiva de Santana, pois seu partido não alcançou o quociente eleitoral. Além de alterar a composição da Câmara, o “distritão” também modificaria o quadro de suplentes.
Pelo modelo aprovado pela comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a Reforma Política e que pode valer nas próximas eleições, os estados e municípios se tornam um distrito eleitoral e funcionaria para a escolha de deputados federais, estaduais e vereadores.
No gráfico abaixo, veja como funcionam os diferentes modelos de eleição proposto pela Reforma Política para os cargos de vereadores, deputados estaduais e federais. Sendo que sistema proporcional é como funciona atualmente.