Sabendo disso, candidato do Podemos busca estratégia para vencer o pleito no 1º turno em São Luís. Diferente do que foi noticiado, Escutec não mostrou eleição única na capital já que quem lidera aparece apenas com 42%.

Braide tem segunda maior rejeição entre eleitores, o que sugere mais dificuldades para ele atrair votos (Foto: Reprodução)

Pesquisa Escutec/O Estado, grande destaque do noticiário político, nesta quinta-feira (08), mostra o candidato Eduardo Braide (Podemos) na liderança pela Prefeitura de São Luís com  42% nos cenários de primeiro turno, mas também em uma disparada no índice de rejeição que hoje é 13%.

Em seguida, em segundo lugar aparece Duarte Júnior (Republicano) com 15%, seguido por Neto Evangelista (DEM) com 11% e Rubens Júnior (PCdoB) e Bira do Pindaré (PSB) com 4%, ocupando a quarta colocação.

Diferente do que foi noticiado, a Escutec não mostrou eleição única na capital. Pelo contrário, aponta tendências para escolhas dos indecisos e votos estratégicos. Os dados apontam que por ter maior rejeição entre os candidatos que aparecem na ponta, os números sugerem que Braide terá mais dificuldades para atrair votos para vencer no primeiro turno.

Consciente dessas dificuldades, a campanha do candidato do Podemos estuda meios para sensibilizar os eleitores que não votarão nele a votarem em branco/nulo para que, assim, decidam a eleição no primeiro turno (o que parece altamente improvável). Por isso, o time de comunicadores ligados a Braide faz questão de noticiar levantamentos apenas com votos válidos. Trata-se, portanto, de uma estratégia clara e bem definida.

Enquanto Braide segue na liderança, mas vem sofrendo com a alta rejeição, Rubens Júnior – dono do segundo maior tempo de televisão e rádio – ainda batalha para subir nas pesquisas e tem como uma das suas principais estratégias o horário eleitoral, em que vai se apresentar como candidato do Lula e do Flávio Dino, líderes políticos com maior popularidade na capital maranhense.

Com a desistência de Madeira, o eleitor ludovicense tem hoje 10 candidatos a prefeito para escolher nas eleições deste ano, mas a dinâmica eleitoral tende a reduzir muito as opções na reta final do primeiro turno. Os polos representados na campanha pelo próprio Eduardo Braide, Duarte Júnior, Neto Evangelista, dono do maior tempo de propaganda e, pelo candidato Rubens Júnior, prometem dirigir as escolhas de parte da população para um voto útil, no qual o eleitor deixa de escolher seu candidato favorito para tentar evitar o que identifica como o pior resultado possível.

REJEIÇÃO E O VOTO ÚTIL

O detalhamento das rejeições entre os eleitores aos principais candidatos da disputa medidas pela pesquisa Escutec também indica como o intercâmbio de votos pode se desenvolver até o dia da votação.

Braide, por exemplo, se manteve consistente na liderança das pesquisas nas últimas semanas, mas é o candidato com a segunda maior rejeição entre os eleitores, os indecisos e aqueles que dizem votar em branco ou nulo, o que indica mais dificuldades pra ele de atrair votos úteis na reta final.

A rejeição de Braide só não é maior que a de Bira do Pindaré com 23%. Na sequência, depois dos dois, aparecem Neto Evangelista com 91%, Duarte Júnior com 7% que tem o mesmo percentual de Jeisael Marx.

Em seguida, com 6% de rejeição, aparecem Yglésio Moyses e Rubens Júnior. Os menos rejeitados são Silvio Antônio com 3%, Hertz Dias com 2% e Frank Douglas com 1%. Nenhum dos candidatos somou 7% e não sabe ou não respondeu, 12%