Pré-candidato à Presidência da Seccional do Maranhão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o advogado criminalista Mozart Baldez rebateu, nesta quarta-feira (02), o artigo intitulado ‘Candidatos à OAB têm visão embaçada da advocacia e de seus problemas’, assinado pelo secretário geral-adjunto da instituição, Ulisses César Martins de Sousa.
No editorial, publicado no dia 31 de agosto no site Consultor Jurídico, Ulisses Martins critica indiretamente, os pré-candidatos da oposição, por atos e posições defendidas em prol da melhor advocacia e dos jurisdicionados do Estado do Maranhão.
— Esse ano serão realizadas eleições nas 27 seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil. O início do período eleitoral já se avizinha. Nessa época é costume o surgimento de candidatos propagando possuírem soluções para todos os problemas atuais e futuros da advocacia. O detalhe é que boa parte desses candidatos tem uma visão embaçada da advocacia e dos problemas atuais enfrentados pelos profissionais que a exercem — diz trecho do texto assinado por Ulisses.
Baldez que, inclusive, foi único dos pré-candidatos da oposição a se manifestar até agora sobre o assunto, negou que tenha visão “embaçada” da advocacia e de seus problemas.
— Falo por mim. Não concordo que tenha visão “embaçada” da advocacia e de seus problemas. Com efeito, nos últimos seis anos que voltei a residir no Maranhão, depois longos anos residindo no Brasil e no exterior, percebi que alguns dirigentes da Ordem a dirigem com visão patrimonialista, como é o caso do nobre colega de profissão que teme mudança e perda de poder que o fizeram trilhar como célula expoente por longos anos em um tabuleiro que apenas as peças mudaram de lugar — rebateu.
Na opinião do pré-candidato oposicionista, a maioria dos gestores atuais da OAB-MA, incluindo o autor do artigo, formam uma espécie de alto “Clero” do “Patronato” da advocacia, que contratam advogados por preços irrisórios, torna-os escravos por falta de alternativas.
— Contratam a preço de banana os nossos pares para servirem de para-raios dos seus grandes negócios jurídicos. Enquanto eles enriquecem outros são escravizados por não terem alternativas. E como gestores não criam mecanismos para o fim da escravidão na advocacia. Há colegas no Maranhão que estão fazendo audiência por R$ 30,00 (trinta reais) para sobreviverem. E a grande maioria deles estão inadimplentes com suas anuidades — afirmou Baldez.
Baldez divulgou uma carta aberta em seu perfil na rede social Facebook, onde afirma que a OAB-MA têm alguns gestores que são sócios de governador e transformaram a instituição em braço de sustentação partidária. Segundo o causídico, a entidade que deveria servir de escudo para os advogados lutarem pela valorização do advogado é usada como moeda de troca. Ele afirmou, inclusive, que a entidade que deveria servir de escudo para os advogados lutarem pela valorização do advogado é usada como moeda de troca.
— Alguns gestores da OAB-MA, não são todos, são patrões, outros sócios de governador e a entidade que deveria servir de escudo para os advogados lutarem pela valorização do advogado é usada como moeda de troca. Tráfico de influência é a ORDEM. De lá saem nomeações de primeiro e segundo escalão no governo local e tudo fica por isso mesmo. A OAB virou braço de sustentação partidária. A OAB MA não é mais dos advogados. Precisa ser retomada. Virou propriedade privada desses advogados que conseguem ainda alocar defensores de plantão para tentar persuadir os colegas de que a gestão é exitosa, mesmo estando falida — declarou.
Leia mais sobre o assunto na página do advogado Mozart Baldez