O prefeito de Barreirinhas, Léo Costa (PDT), anunciou ontem (27), em conversa com o blog do jornalista Gilberto Léda, que vai à Justiça para garantir o direito de pelo menos tentar ser o candidato do partido na eleição deste ano.
Eleito em 2012, o pedetista enfrenta resistência dentro do próprio partido, que quer forçá-lo a desistir da reeleição para apoiar um candidato do PCdoB, o advogado Amilcar Rohca, amigo pessoal e ex-sócio do governador Flávio Dino (PCdoB).
Numa conversa de aproximadamente uma hora, Léo Costa reclamou muito do modo Dino de fazer política, garantiu que resistirá ao que chama de golpe no PDT e fez comparações entre os governos do comunista e o da ex-governadora Roseana sarney (PMDB).
“Tive mais parceria do governo Roseana que de Flávio Dino”, disse Léo Costa, citando obras de asfaltamento viabilizadas pelo ex-secretário de Estado da Infraestrutura Luis Fernando Silva (PSDB) em 2013 e 2014.
Abaixo, os principais trechos da entrevista
O golpe
“Como em Imperatriz e São Luís o PCdoB cedeu a vaga de candidato ao PDT, então em Barreirinhas por eu estar, segundo eles, fraco nas pesquisas, o PDT tem que ceder ao PCdoB. Só que, no PCdoB, o candidato é um amigo do governador, superintendente regional”
“O emissário da direção do partido, Renato Dionísio, secretário-geral do partido, foi em Barreirinhas domingo me dizer. E não teve oportunidade, ou coragem, de dizer que ele já era um interventor na comissão provisória de lá”
Plano
“Eu vejo placas de ‘Mais Asfalto’ em mais de 107 cidade. Eu sou um dos 17 prefeitos que subiram no palanque de Flávio Dino em 2014, então eu há mais de um ano eu venho interpretando esse dar de costas a Barreirinhas para que eu não tenha um desempenho melhor para ele poder ter o argumento de poder entronizar o amigo”
Barreirinhas abandonada
“Ele [Flávio Dino] trocou a cidade, capital dos Lençóis, ele como um homem do turismo, ex-presidente da Embratur, e ele dá de costas para a cidade para que eu me ferre e ele tenha um argumento forte de me tirar. É claro que isso não é aceitável”
“Estou tendo um tratamento de adversário. Aliás, tem adversários que foram ferrenhos que, agora, são altamente agraciados”
Resistênca
“Eu não vou ceder. Quem vai me julgar, se eu fui bem ou mal, é o povo que me elegeu. Existem no partido condições para se praticar uma intervenção. No caso, essas condições não foram cumpridas, então nós vamos questionar na Justiça. Vou pedir à Justiça que garanta a participação dos filiados na decisão. Quem os filiados querem? É um interventor que vai daqui com a missão de decidir que o partido não pode ter candidato e que tem que apoiar um candidato de um partido B?”