A polícia do Maranhão ainda está em busca dos 20 detentos que continuam foragidos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, após a explosão do muro do Centro de Detenção Provisória ocorrida na noite de domingo (21) em São Luís.

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), dos 32 presos que fugiram, nove já foram resgatados, três morreram e vinte ainda estão foragidos.

De acordo com o superintendente da Superintendência de Investigações Criminais (Seic), delegado Thiago Bardal, a ação criminosa foi planejada com o intuito de resgatar sete detentos que fazem parte de uma quadrilha interestadual de assalto a banco.

Com a explosão do muro outros detentos aproveitaram para fugir. “Elementos de diversos estados como Piauí, Tocantins e do estado do Goiás. São elementos que integram uma quadrilha interestadual voltada ao roubo a banco. Nós já estamos em contato com o centro de inteligência desses respectivos estados para tentar localizar e recapturar esses indivíduos”, revelou.

Dos sete presos foragidos que eram o objetivo do resgate, até agora, nenhum foi recapturado. Em coletiva o secretário da Seap, Murilo Andrade de Oliveira, falou dos problemas do prédio onde aconteceu a fuga.

Entre eles, a dificuldade em detectar objetos na revista e a superlotação no complexo penitenciário. “O maior problema que a gente tem ali hoje é a superlotação, que é um problema do Brasil, que vai ser amenizado nos próximos anos porque nós estamos com pretensão de construção de seis mil novas vagas no estado, principalmente no interior, para tirar os presos do interior que estão na capital para o interior. O outro problema que a gente tem é que aquela unidade está no meio de uma área urbana com casas muito próximas que dificulta a atuação da nossa segurança. Vocês viram, vocês filmaram que as casas ficam a dois, três metros do muro e se vocês verem do lado do Centro de Triagem, que é do lado direito próximo da BR, nós temos casas coladas no muro, que é pior ainda”, finalizou.