Senador nega reunião entre presidentes de partidos, mas em seguida, afirmou os motivos que levaram o PDT a rejeitar apoio a Duarte; pedetista também ignorou ofensas e ataques de sua ala politica ao candidato do Republicanos

Weverton responde questionamentos da bancada do Programa Questão de Ordem, na Rádio Nova FM

Em entrevista concedida ao programa Questão de Ordem, da Rádio Nova FM (93.1 MHz), que foi ao ar nessa sexta-feira (26), o senador Weverton Rocha (PDT), que é pré-candidato ao Governo do Estado, expôs uma série de fatos ao ser questionado sobre vários temas pela bancada da atração radiofônica.

No entanto, o parlamentar acabou se contradizendo ao negar que teria descumprido um acordo no qual partidos da base governista teriam fechado questão para apoiar o candidato ligado ao Palácio dos Leões que estivesse no segundo turno da eleição para prefeito de São Luís, ano passado.

Tanto que no dia 19 de novembro, o site Yahoo.com, publicou uma reportagem em que o deputado federal Márcio Jerry, presidente do PCdoB, afirmou que havia, sim, uma espécie de entendimento para que o candidato da base que fosse ao segundo turno fosse apoiado pelos demais. Apenas dois candidatos da base governista – um deles o deputado Neto Evangelista – não seguiu o combinado.

“Temos dois campos em disputa. Braide é da oposição ao governador Flávio Dino e Duarte é da base de apoio. Esta é a razão pela qual não temos dúvida alguma quanto ao nosso apoio ao candidato Duarte”, revelou à época o comunista. A posição foi a mesma de Bira do Pindaré (PSB), André Fufuca (PP), Eliziane Gama (Cidadania), Simplício Araújo (Solidariedade), Honorato Fernandes (PT), Rubens Júnior (PCdoB), Josimar de Maranhãozinho (PL) com quem Weverton, inclusive, tinha um acordo apalavrado, e muitos outros dirigentes da base.

Entrevistado pelos apresentadores Marcelo MinardKarol SampaioIsaías Rocha e Thales Castro, Weverton também demonstrou insensatez ao explicar por quais motivos o PDT, partido presidido por ele no Maranhão, não apoiou o deputado estadual Duarte Júnior (Republicanos) no 2º turno do pleito na capital maranhense.

“O candidato do Republicanos, no primeiro turno e no segundo, desferiu inúmeros insultos ao PDT. Basta verificar as redes sociais que eles estão lá. Por conta disso, não havia condições de apoia-lo”, disse o pedetista.

O problema é que o senador esqueceu que na campanha de 2020 o seu grupo foi ofendido, mas também ofendeu Duarte. Tanto que um dos tristes epsodios foi protagonizado durante uma sabatina na Difusora. Em tese, Weverton quer que “o ofendido peça perdão ao ofensor”, mesmo quando não há nenhum interesse do ofensor em pedir perdão ao ofendido.

Para justificar sua tese, o pedetista chegou a citar no programa uma situação que ocorreu na campanha de 2018, onde recebeu os cumprimentos do ex-senador Edson Lobão (MDB) pela vitória. Mesmo com as diferenças, o emedebista deu um ensinamento que Weverton e seu candidato a prefeito deveriam cumprir, logo após o encerramento do 1º turno das eleições de 2020.

“Na política se deve ter honra. Quando fui eleito senador em 2018, recebi uma ligação do então senador Lobão me parabenizando e falando que, após a batalha, o gladiador deve cumprimentar o outro gladiador”, disse.

Lobão, que era de grupo adversário do atual governador, perdeu a eleição, mas parabenizou Weverton pela vitória em 2018. Neto Evangelista, que integra a base governista, foi derrotado em 2020 por Duarte e fez pior: contrariou o grupo governista e acabou apoiando o adversário do governador Flávio Dino.

CONFIRA TRECHOS DA ENTREVISTA COM WEVERTON