“É importante que haja uma fiscalização dos órgãos de controle, digo aqui que esse dinheiro não está indo para garantir o bom serviço do sistema urbano de transporte”, concluiu /Foto: Leonardo Mendonça

O vereador Marcial Lima (Podemos) denunciou, na manhã desta quarta-feira (7), em pronunciamento na Câmara Municipal de São Luís, que o pagamento de R$ 68 milhões em subsídios, nos últimos três anos, não conseguiu resolver o caso no sistema de transporte pública da capital maranhense.

A declaração vem no momento em que a cidade amanheceu pelo terceiro dia sem ônibus devido à greve dos rodoviários. O caso foi revelado com exclusividade na noite de terça-feira, 6, pelo blog do Isaías Rocha. Clique aqui e saiba mais.

Em discurso no plenário da Casa, o parlamentar questionou as paralisações recorrentes nos últimos anos e o contínuo aumento da complementação financeira para os empresários que operam linha no município.

“De 2022 para 2023, a prefeitura encaminhou R$ 68 milhões para a classe empresarial. Em 2024, a prefeitura já repassou R$ 3,7 milhões e empenhou mais R$ 36 milhões para pagar até o final deste ano. Então, pasmem, em aproximadamente três anos da gestão Eduardo Braide, sem contar os aumentos tarifários, já foram mais de R$ 70 milhões ao o sistema de transporte público”, disse.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (STTREMA), a decisão que levou a categoria a cruzar os braços aconteceu após o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) oferecer uma contraproposta com redução do valor do ticket alimentação, não assegurar a manutenção do plano de saúde e não ofertar qualquer percentual de reajuste nos salários.

“Em todos os repasses, o prefeito alegou a melhoria do sistema e que os recursos iriam custear complementação financeira do trabalhador do sistema rodoviário. Então, digo aqui que esse dinheiro não está indo para garantir o bom serviço do sistema urbano de ônibus de São Luís”, completou Marcial Lima.

Ao encerrar seu pronunciamento, o parlamentar alegou que os vereadores cumprem o papel de fiscalizar e cobrar melhorias do setor, mas lembrou que quem aumenta a tarifa de ônibus no município é a prefeitura.

“O nosso papel nós cumprimos enquanto vereador. A Câmara não aumenta tarifa de ônibus, pois quem aumenta a passagem no transporte coletivo é a prefeitura. No passado, existia o Conselho Tarifário, mas hoje não existe mais. É importante que haja uma fiscalização dos órgãos de controle, digo aqui que esse dinheiro não está indo para garantir o bom serviço do sistema urbano de transporte”, concluiu.

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