A corrupção atingiu em cheio o coração do Fisco Municipal de São Luís, por envolver não apenas o ex-titular da pasta, Raimundo Rodrigues, que pediu exoneração no inicio do mês passado, mas empresas que ele mesmo contratou e que também são alvos da Operação Simulacro que investiga a organização que causou prejuízo superior a R$ 400 milhões ao erário. É o que aponta reportagem do portal O Quarto Poder.
Raimundo Rodrigues foi nomeado pelo prefeito Edivaldo Júnior, em abril de 2014, para comandar a Secretaria Municipal de Fazenda. Desde então, a pasta virou uma espécie de refúgio da máfia fiscal, organização criminosa que já era suspeita de atuar dentro da Sefaz, pasta do governo do estado da qual o próprio Rodrigues foi ex-diretor da Célula de Gestão da Ação Fiscal.
Pouco mais de dois meses após sua nomeação, a Comissão de Licitação da Prefeitura de São Luís iniciou dois processos de licitação para contratação de empresa especializada “para fornecimento, implantação e customização de Sistema de Administração Tributária Integrado”. As vencedoras foram a Linuxell Informática e Serviços Ltda e o Centro de Tecnologia Avançada (CTA).
Tanto a Linuxell quanto a CTA foram citadas nas investigações. A segunda empresa, por exemplo, já teve entre os seus sócios ninguém menos que o advogado Jorge Arturo, conhecido como “Rei dos Precatórios” e suspeito de integrar o esquema do doleiro Alberto Yousseff, preso ano passado no Maranhão.
Ainda que envolvendo nome tão polêmico entre seus sócios, o contrato da CTA seria apenas mais um entre tantos da gestão do prefeito Edivaldo Júnior, não fosse um detalhe: a Prefeitura pagou R$ 3,5 milhões por um produto que já lhe pertencia há mais de 7 anos. Leia mais aqui.