Bom ou ruim, Bolsonaro bole na balança do processo eleitoral do país – pra cima ou pra baixo. Estilo próprio, na contramão da diplomacia, seu jeito de atacante rompedor tenta colocar ordem na disputa do voto. Características diferentes, não olha pra traz, não enxerga os lados e, na sua calculadora, futuro é consequência das atitudes que acha procedentes.
A visita do presidente ao Maranhão, na próxima quinta-feira (20), coloca na parede termômetro que vai botar as contas em dia. Um divisor de águas na relação dos grupos que se mobilizam, ainda tímidos, na montagem do mapa que indicará as posições dos artistas. Apressa as decisões, como quem fica com quem, separa diferenças e mostrará a habilidade daqueles que participarão do filme principal.
De uma coisa Bolsonaro pode ficar convencido ao desembarcar em território maranhense pela terceira para entregar a obra de uma ponte sobre o Rio Parnaíba, entre Santa Filomena, no Piauí e Alto Parnaíba, no Maranhão.
Ao lado de aliados como o senador Roberto Rocha (sem partido), deve encontrar uma banda de oposição formada pelos senadores Eliziane Gama (Cidadaninia) e Weverton Rocha (PDT) e governador Flávio Dino (PCdoB), que duelam com ele nos conflitos nacionais. Vai-se saber também, na sua passagem, o tamanho do prestígio na mexida da panela do voto aqui, com repercussão nos municípios, que vão para as urnas em 2022.