Foi realizada na manhã desta quarta-feira (16), em São Luís, uma perícia técnica no brinquedo do “Golden Park”, onde mãe e filha sofreram um acidente na noite da segunda-feira (14).
Peritos do Instituto de Criminalística do Maranhão (Icrim-MA) passaram a manhã trabalhando na área. O parque continua interditado e o brinquedo identificado como “polvo” foi isolado para investigar se existem problemas nele e descobrir a causa do acidente.
De acordo com o advogado do parque, Pedro Júnior, a direção do “Golden Park” está aguardando o resultado do Icrim para poder verificar a parte técnica do equipamento. “O Corpo de Bombeiros verificou que não houve nenhum defeito nas travas do brinquedo, mas nós estamos aguardando o Icrim para que ele sim verificar a parte técnica do equipamento”, disse.
Além dos peritos do Icrim, também estiveram presentes ao parque fiscais do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia doMaranhão para participar da fiscalização. O engenheiro do Conselho Regional de Agronomia do Maranhão (CREA-MA), Geraldo Melo, disse que o objetivo da fiscalização é descobrir o que de fato aconteceu no momento do acidente. “Nós vamos fazer uma vistoria técnica apara saber o que foi que ocorreu e vê quem são os responsáveis técnicos do empreendimento”, explicou.
Na Lotação de Responsabilidade Técnica (ART), documento que é necessário para o funcionamento do parque na cidade, aparece o nome de Cleudson Campos de Anchieta, o presidente do CREA no estado do Maranhão, mas no documento não aparece nenhuma assinatura.
Cleudson Campos de Anchieta, afirmou que não entregou nenhum documento autorizando a instalação do parque em São Luís, e que ART só poderia ser entregue se a direção do parque tivesse concordado que os engenheiros do órgão tivessem acompanhado a montagem dos brinquedos. “Essa ART não tem validade como qualquer outro documento não tem. Foi um documento que foi subtraído apenas do sistema que ele constava. Ele não foi concluído por nós não concordarmos da forma como ele seria feito”.
Sobre o estado de saúde da comerciária Lucivânia Brito, de 39 anos, a prima dela, Paula Araújo, diz que Lucivânia continua em coma induzido e internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão 1), na capital. “Ela estava em coma induzido. Eles reduziram a medicação e ela acordou, mas eles voltaram a colocar ela para dormir de novo. Ela está estável”.
A filha de Lucivânia, Emanuele Oliveira, de apenas oito anos, já está em casa. Ela que machucou o tornozelo relata que as duas giraram bastante antes de serem arremessadas. “A gente girou, girou e de repente o ferro caiu e nós fomos arremessadas”.
O Golden Park teria prometido a família arcar com as despesas médicas. O marido Lucivânia, Celso Oliveira, registrou um boletim de ocorrência para pedir esclarecimento sobre o caso. “A gente vai para o parque desses. Deixa a nossa esposa e nossos filhos em um parque desses porque a criança fica pedindo, propagando toda hora. Um parque muito bonito, cheio de luzes, mas pelo o visto é só enfeite aquelas luzes ali porque a gente vai e não espera acontecer uma coisa dessas”, finalizou.