Uma comissão da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão (ALEMA) reuniu nesta quarta-feira (4) instituições públicas para discutir os limites entre os quatro municípios da ilha de São Luís. A indefinição dificulta a solução de problemas nas áreas que ficam nos limites.

É o caso, por exemplo, dos vizinhos George Pereira e Antônio Oliveira. Um trabalha de frente para o outro, mas cada um está em um município. Enquanto isso, a rua em que estão os estabelecimentos deles fica sem nenhuma manutenção. “A situação é grave porque ninguém faz nada”, disse Antônio Oliveira. “Acaba prejudicando também o comércio porque ninguém quer andar por aqui”, completou George Pereira.

A avenida está entre São Luís e São José de Ribamar, e tem vários problemas como buracos na rua. Segundo os moradores, as prefeituras ficam jogando a responsabilidade uma para a outra.

Os limites entre São José de Ribamar, Raposa, Paço do Lumiar e São Luís podem mudar após a discussão da comissão. A redefinição foi uma das questões abordadas na audiência. “A última lei que tratou desses limites territoriais na Grande Ilha do Maranhão é de 1985. Então, de lá para cá muita coisa mudou, o desenvolvimento urbano foi enorme nesse período. Nós precisamos atualizar essa legislação”, disse o deputado Adriano Sarney.

As informações que estão servindo de base para a proposta de redesenhar o mapa da Ilha de São Luís foram coletadas pelo IBGE e pelo Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc) para o censo de 2010.

“Nós utilizamos parâmetros estatísticos, puramente operacionais. Só que este limite é tão bom que outros órgãos públicos estão utilizando ele e a gente que fundamentar esse limite como legislação para que tenhamos no futuro uma legislação muito clara para a população ”, disse o chefe estadual do IBGE, Marcelo Virgínio.

“Do ponto de vista mais geral, pensando em todos os problemas que têm no Maranhão, são 180 processo de redefinição de limites, é importante fazer com que esses acordos baseados em estudos técnicos avancem na forma de lei”, esclareceu o presidente do Imesc, Felipe de Holanda.